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100 Maneiras Para Ser Mais Criativo No Trabalho

  1. Pergunte às pessoas mais criativas no trabalho sobre suas idéias.
  2. Faça brainstormings diários com colegas de trabalho.
  3. Grave suas idéias em seu trajeto para o trabalho.
  4. Apresente seu desafio para uma criança.
  5. Leve sua equipe para fora do local de trabalho por um dia.
  6. Ouça a sua musa interior.
  7. Ouça música no seu local de trabalho.
  8. Enquanto caminha/pratica exercícios diários, pratique também o brainstorming.
  9. Peça a alguém para colaborar em seu projeto favorito.
  10. Se exercite durante sua pausa para o almoço.
  11. Ligue o rádio em horários aleatórios, fique atento as “mensagens”.
  12. Convide seus clientes para sessões de brainstorming.
  13. Pense em três outras maneiras de definir seu desafio.
  14. Lembre-se de seus sonhos.
  15. Recompense a si mesmo atingindo os pequenos sucessos.
  16. Introduzir algumas mudanças em sua rotina diária.
  17. Saia do escritório com mais regularidade.
  18. Tenha algo para se distrair no escritório quando estiver aborrecido.
  19. Tire mais cochilos.
  20. Peça ajuda. Seja humilde.
  21. Quando possível, leve o trabalho para Cafés.
  22. Transforme suas hipóteses em perguntas: “Como eu posso…?”
  23. Anote suas idéias. Todas elas.
  24. Redesenhe seu escritório. Mesmo que mentalmente.
  25. Tire um tempo para você mesmo para poder sonhar mais.
  26. Nestas pausas, faça brainstorming.
  27. Mude os trajetos que costuma percorrer.
  28. Chegue mais cedo que todos no trabalho.
  29. Seja otimista.
  30. Leia livros que não tem relação com seu trabalho, mas fazem você abrir a mente.
  31. Tenha tempo em sua agenda para o Ócio Criativo.
  32. Aprenda outro idioma.
  33. Mantenha um livro de anotações em sua mesa.
  34. Decore seu local de trabalho com citações inspiradoras.
  35. Crie um título do futuro e a história por trás dele.
  36. Escolha “ser mais criativo”.
  37. Lembre-se de um momento em sua vida quando você foi muito criativo.
  38. Visite mais livrarias, sebos…
  39. Confie mais em seus instintos.
  40. Mergulhe em seu projeto mais emocionante.
  41. Abra uma revista e associe uma palavra ou imagem a algo fora dela.
  42. Anote suas idéias logo pela manhã ao acordar.
  43. Pergunte-se: A solução mais simples é?
  44. Obtenha logo os feedbacks das pessoas que confia.
  45. Experimente mais. Ouse mais.
  46. Pergunte a si mesmo: O que o mercado quer ou precisa?
  47. Pergunte a si mesmo: O que pode acontecer de pior se eu falhar?
  48. Cresça junto com a sua idéia.
  49. Trabalhe duro onde é mais necessário.
  50. Vá dormir com as suas idéias.
  51. Teste os limites, várias e várias vezes.
  52. Reserve um tempo para passar com as pessoas mais espertas do seu trabalho.
  53. Visite seus clientes com mais frequência.
  54. Aproveite o que seus concorrentes tem de melhor.
  55. Busque inspiração em pessoas que fogem do senso comum.
  56. Seja curioso.
  57. Crie regras básicas com a sua equipe, favorecendo novas idéias.
  58. Faça a si mesmo perguntas estúpidas. Impossíveis.
  59. Crie desafios pessoais em tudo o que você faz.
  60. Dê a si mesmo um prazo. Cumpra-o.
  61. Procure três alternativas para cada solução que se origina.
  62. Anote suas idéias e releia regularmente.
  63. Faça conexões entre coisas aparentemente desconectadas.
  64. Use técnicas de pensamento criativo. Crie as suas técnicas.
  65. Jogue sudoku.
  66. Use metáforas para descrever suas idéias.
  67. Divirta-se mais. Seja mais estúpido que o habitual.
  68. Pergunte-se: Como eu posso realizar o meu objetivo na metade do tempo?
  69. Quando estiver preso a um problema, faça uma pausa.
  70. Pense como o seu maior herói poderia resolver este desafio.
  71. Procure um ou dois dias na semana não ler e-mails em determinado horário.
  72. Pergunte a três pessoas como elas melhorariam a sua idéia.
  73. Crie uma parede com imagens inspiradoras.
  74. Faça mais coisas que lhe ajudem a ser mais criativos fora do trabalho.
  75. Rir mais. Se preocupar menos.
  76. Lembre-se de seus sonhos. Anote-os.
  77. Jogue Xadrez.
  78. Procure eliminar as burocracias desnecessárias.
  79. Crie uma visão convincente do que você quer realizar.
  80. Tenha contato constante com os projetos mais “quentes”.
  81. Faça o que for necessário para criar um senso de urgência.
  82. Frequente mais teatros, cinemas. Veja boas peças, bons filmes.
  83. Meditar ou fazer exercícios de relaxamento.
  84. Tenha um animal de estimação.
  85. Saia para almoçar com sua equipe de trabalho e quando possível um happy hour.
  86. Conheça pessoas novas.
  87. Peça perdão mais do que pede permissão.
  88. Convide um facilitador externo para conduzir uma sessão de brainstorming.
  89. Pratique esportes de aventura, com adrenalina.
  90. Aprenda pelo menos uma coisa diferente todos os dias.
  91. Saiba que é possível fazer a diferença.
  92. Encontre um mentor.
  93. Reconheça todos os seus sucessos no final de cada dia.
  94. Criar um “cofrinho idéias” e fazer depósitos diários.
  95. Faça reuniões mais curtas e vá preparado para elas serem mais produtivas.
  96. Leia livros sobre criatividade.
  97. Não ouvir / assistir o noticiário por 24 horas. Você tem que absorver informação, mas também tem que criar.
  98. Faça desenhos de suas idéias.
  99. Conheça novas culturas.
  100. Divida suas idéias em partes. Dê um passo de cada vez.
  101. Postar esta lista em um local visível para ler diariamente.

Adaptado de: Blogging Innovation

Músicas ouvidas durante o post: The RaveonettesAttack of the Ghost Riders; Veronica Fever; Do You Believe Her; Chains; Cops On Our Tail; My Tornado; Beat City; Evil La Girls; Let´s Rave On; Noise Summer; Chain Gang Of Love; That Great Love Song; Wanna Dance; Remember; Dirty Eyes; Heartbreak Stroll; Little Animals; Untamed Girls; The Truth About Johnny; New York Was Great. (Destaque para todas).


1001 Sons

Sabe aquele som? Aquele que você ouve, e quer ouvir novamente, e depois novamente e não se cansa de tão bom que é?

Todos temos nossos discos prediletos, aqueles que fazemos questão de comprar para ouvir com qualidade, seja em CD ou LP. Como os estilos musicais são variados, existem diferentes estereótipos de pessoas:

Você pode ser um descobridor de novas bandas, aquele chato que toda semana aparece com uma novidade que nunca ninguém ouviu falar antes. Um “wannabe” querendo ser o mais “cult”, que sabe a diferença entre todos os estilos musicais e odeia agroboys que só ouvem música de fazer passinhos.

 

um cara diferenciado dos demais

um cara diferenciado dos demais

 

Pode ser um seguidor de determinada banda. Também chato, pois para você não existe e nunca vai existir banda melhor no mundo. Beatlemaníacos são assim.

Um nostálgico que só valoriza os sons do passado. Para estes, o que é realmente bom já aconteceu, não existem mais gratas surpresas na música. Tudo de melhor já foi escrito e cantado.

Um apreciador de blues, black music, dance, rap, disco, reggae, hip-hop, bossa nova, samba rock, folk, indie, britpop.  

Ou simplesmente ligar o som do carro, e aproveitar o que as rádios transmitem insessantemente, aquela mesma música dia após dia. Uma pessoa realmente desligada. Não ta nem ai.

Você pode ser qualquer um destes citados. Mas se você não se identifica com nenhum, porém gosta de boa música, deve conferir o livro 1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer. Nele, críticos internacionais fizeram uma seleção especial de bandas da década de 50, até as mais atuais. De Frank Sinatra a Lauryn Hill, de Beatles a Oasis, Elvis Presley a Marilyn Manson, passando por Madonna, Fat Boy Slim, Manu Chao. Está tudo lá, diversos estilos musicais no livro de 950 páginas e pesando 2 quilos, muitas imagens, curiosidades e informações detalhadas de cada álbum. Artistas brasileiros também marcam presença com Os Mutantes, Sepultura, Caetano Veloso, Bebel Gilberto, entre outros. São discos inesquecíveis, agradando desde os mais despreocupados, até os mais chatos.

 

Colocaram na capa um cara que não tocava nada

Colocaram na capa um cara que não tocava nada

 

Eu havia dito que está tudo neste livro. Com uma avaliação mais precisa desta lista, vejo que estou muito enganado. Como os autores são sexagenários, o período de 50 à 80 foi mais valorizado, e mesmo assim deixaram de fora Chuck Berry, que revolucionou a música com a junção de blues e música country, tido por muitos como o inventor do Rock and Roll, influenciando bandas como Rolling Stones e Beatles. Também não concordo com alguns “artistas” desta lista. O que Britney Spears, Justin Timberlake e Christina Aguilera estão fazendo lá? Porque não estão Bob Marley, Interpol, 311, Asian Dub Foundation, Magic Numbers? Dizem que Roberto Carlos é rei. Rei do que? Nem foi lembrado. Na lista tem até Carlinhos Brown, que deve ser rei na Bahia.

Não é um livro para se levar a sério. É uma leitura descompromissada. Pode ser muito bem aproveitado em salas de espera de consultórios, como pode instigar o desejo de conhecer algum CD da lista. Certamente você vai discordar, como pode também ter uma grata surpresa. Possivelmente nesta seleção algo te agrada, afinal, gosto e mau gosto, cada um tem o seu.

Confira aqui a lista completa dos álbuns, ouça-os aqui, ou baixe alguns deles aqui.

 

Músicas ouvidas durante o post: Kings Of Leon (Live at Oxegen 2008) – Crawl (live); Black Thumbnail (live); Taper Jean Girl (live); My Party (live); Razz (live); Wasted Time (live); King Of The Rodeo (live) (Destaque); Fans (live); Arizona (live) (Destaque); Milk (live); Four Kicks (live); Mollys Chambers (live); California Waiting (live); The Bucket (live); On Call (live) (Destaque); McFearless (live); Pistol On Fire (live); Spiral Starcase (live); Trani (live); Knocked Up (live); Charmer (live); Slow Night, So Long (live). 


A Lógica do Cisne Negro

Você já viu um et? Acredita que eles existem? Se você não acredita, talvez seja por uma simples razão. Você nunca viu um.

Talvez você não tenha olhado direito ao seu redor.

Talvez você não tenha olhado direito ao seu redor.

A lógica funciona também para os cisnes, que até que se prove o contrário são todos brancos. Mas para o libanês Nassim Nicholas Taleb, ex operador do mercado de ações, especialista em finanças e crítico da indústria, os cisnes negros também existem. Ele é o autor do Best Seller “A Lógica do Cisne Negro”, que ilustra a fragilidade de nosso conhecimento, com relação a falta de preparo para o acontecimento de situações raras e talvez únicas, ou seja, a probabilidade de ocorrer o improvável.  

No livro, são abordadas questões referentes a falta de visão para eventos aparentemente impossíveis. E isto não ocorre apenas em outros países, com outras famílias. Acontece com você! Cada um de nós possui um exemplo de uma mudança repentina no rumo de nossas vidas, algo que não estava planejado e mesmo assim aconteceu, como por exemplo a escolha da faculdade que cursamos, o local de moradia, encontrar alguém que não víamos a anos, encontrar cinquenta reais na rua. São situações que fogem ao nosso controle. Mesmo assim, pessoas ainda tendem a agir como se o óbvio fosse o mais esperado, mostrando a limitação do aprendizado calcado apenas em observações do cotidiano, impondo limites ao conhecimento.

cisne

O livro que ficou famoso após o agravamento da crise do mercado imobiliário nos EUA, trata da incerteza, momentos raros que mudam todo o trajeto sem aviso prévio. A disseminação da internet, o sucesso do GOOGLE, o tsunami no oceano Pacífico em 2004, os ataques de 11 de setembro, são apenas alguns exemplos de fenômenos que o autor chama de “Cisne Negro”. E quase tudo a sua volta pode estar enquadrado nesta definição. Para Taleb, devemos dar relevância a aquilo que não sabemos. Eventos que pegam todos de surpresa, ocasionando resultados impactantes. O autor chama de “tripé da opacidade”:

  • Ilusão da compreensão: Todos acham que sabem o que se passa no mundo. Porém este é bem mais complexo;
  • Distorção retrospectiva: Organização dos fatos de forma mais simples do que a verdadeira realidade;
  • Sobrevalorização da informação factual: Idealização dos fatos de maneira platônica. Tudo que irá acontecer, parece mais razoável e previsível.

Ledo engano, pois estamos constantemente a mercê do inesperado.

Somos hábeis na construção de frases: Como não pensei nisto antes? Como ele foi deixar isto acontecer? Que burro, dá zero pra ele.

Depois que passou é fácil falar

Depois que aconteceu é fácil falar.

Agimos como se tudo fosse acontecer naturalmente, como se somente existissem cisnes brancos. Ignoramos os problemas passados e a partir deles, não adquirimos a precaução necessária para as possíveis adversidades. “…Um pequeno número de cisnes negros explica quase tudo no mundo, do sucesso de idéias, religiões, às dinâmicas de eventos históricos e elementos de nossas vidas pessoais…” O efeito dos cisnes negros vem só aumentando “…o mundo começou a se tornar mais complicado, e os eventos comuns, aqueles que discutimos e estudamos e tentamos prever por meio de leitura de jornais, tornam-se cada vez menos importantes.” O que você sabe, não pode machucá-lo. Portanto, não foque somente no específico, esteja atento ao que acontece no geral. Não seja ingênuo e tão pouco arrogante em relação a aquilo que acha que sabe. Abra os olhos e esteja preparado para identificar um cisne negro.

Respondendo a primeira pergunta, eu nunca vi um et, mas acredito que eles existem.

 

 

Músicas ouvidas durante o post: Noel Gallagher (First Noel Demo Tapes 1989)– What’s It Got to Do with You?; Hey You; What’s Been Happenin’?; But What If…; Gotta Have Fun; Noel Gallagher (The Dreams We Have As Children)- (It’s Good) To Be Free (unplugged); Talk Tonight (unplugged); Fade Away (unplugged); Cast No Shadow (unplugged); Half The World Away (unplugged); The Importance of Being Idle (unplugged); The Butterfly Collector (unplugged); All You Need is Love (unplugged); Don´t Go Away (unplugged); Listen Up (unplugged); Sad Song (unplugged); Wonderwall (unplugged); Slide Away (unplugged); There is a Light That Never Goes Out (unplugged); Don´t Look Back in Anger (unplugged); Married With Children (unplugged). (Destaque para todas).


A Crise Segundo Albert Einstein

O físico alemão Albert Einstein é um grande exemplo de superação. Aos 3 anos de idade apresentava dificuldades em se comunicar. Na primeira tentativa em ingressar na universidade, acabou reprovado. Mesmo sendo aluno acima da média, era considerado mais lento que os colegas de sala na resolução de problemas matemáticos. Dizem até que reprovou na matéria que mais tarde iria consagrá-lo com um prêmio Nobel. Como no livro Pai Rico Pai Pobre, Einstein sofreu influência positiva de um jovem estudante de medicina, o que suscitou no garoto de 10 anos o gosto pela leitura de obras mais elaboradas. Sua mente brilhante não estava somente voltada a cálculos matemáticos, o que pode ser demonstrado em sua opinião a respeito dos momentos de crise:  

“Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo, sem ficar superado.”

 

A superação, é importante em todos os obstáculos.

A superação é importante em todos os obstáculos.

 

“Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência. O incoveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e as soluções fáceis. Sem crise não há desafios. Sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la.” 

Albert Einstein

 


So Far So Good…

Esta é uma boa dica para quem gosta de assuntos polêmicos, e também para puxar papo com o gerente no churrasco da empresa. Não é nada relacionado a elogiar a nova estagiária, reclamar do cafezinho que está sempre frio, muito menos pedir uma promoção ou aumento de salário. Trata-se de um livro escrito por Joel Bakan chamado The Corporation: The Pathological Pursuit of Profit and Power, que em 2003 foi transformado em um documentário canadense, examinando a natureza, a evolução, os efeitos e possíveis qualidades das modernas corporações.

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Segundo o autor, as corporações inicialmente eram apenas associações de pessoas, encarregadas pelo Estado para executar alguma função específica. Se existisse a necessidade da construção de uma ponte, por exemplo, o grupo responsável por construir pontes era escalado, e assim por diante. O número de corporações era bastante reduzido nesta época (século XVI), além do mais, estas possuíam em seus estatutos sua principal função, o tempo que deveriam permanecer operando, quanto de dinheiro gastar, ou seja, era uma forma de servir apenas ao interesse público, nada além disso. Mas aqueles tempos eram outros…

O jogo começou a mudar com a necessidade de aumentar a produtividade e a enorme demanda por ferrovias, infra-estrutura e indústria pesada, surgidas com a guerra civil americana e a revolução industrial. Como houve a necessidade do surgimento de novas corporações subsidiadas pelo Governo Federal, estas, muito bem representadas pelos seus respectivos advogados, lutaram por uma maior autonomia, um maior poder.

Ao final da guerra civil americana, a 14ª emenda da constituição dos EUA foi aprovada. Nela estava escrito que nenhum Estado poderia tirar a vida, a liberdade, ou a propriedade sem estar amparada a um processo legal. Dando assim, direitos iguais às pessoas negras e protegendo os escravos recém liberados. Ocorreu que, as corporações se aproveitando desta brecha na lei, foram até os tribunais e exigiram os mesmos direitos, por se tratarem também de uma pessoa. Uma pessoa jurídica. Começava ai, na metade do século XIX, a mudança no papel das corporações, que passaram de insignificantes, para onipresentes como a igreja, a monarquia e o partido comunista foram em outros tempos.

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Conhece algum destes?

Atualmente, as corporações são instituições predominantes, exercendo grande poder e influência em nossas vidas, causando ao mesmo tempo enormes danos. São criações artificiais, que possuem o objetivo final de maximizar o lucro de seus acionistas e não mais servir ao interesse público. Surgem alguns questionamentos: Mas que tipo de pessoa é uma corporação? Possuem consciência moral? Preocupam-se com a sociedade? Levam em consideração os danos ao meio ambiente? A extração da matéria prima é feita de maneira sustentável? E quanto as externalidades? E quanto as pessoas que são exploradas nos países pobres? Somos manipulados para consumir determinados produtos?

As corporações hoje são capazes de tudo para se manter, aparecer e se destacar nesta eterna competição capitalista. Existe o caso interessante de um banco que patrocinou os estudos de dois universitários. Mataram dois coelhos com uma cajadada só como diriam, pois o assunto foi notícia nas principais mídias principalmente televisivas, sendo ao mesmo tempo uma “grande sacada” de marketing e promovendo o lado de preocupação social da empresa. Mas será que este banco quer ser realmente responsável, ou apenas quer ser identificado como responsável? hehehe, boa idéia eihm? Já pesquisou qual o custo de um comercial de 3 minutos no horário nobre da Globo? Eu não sei, mas deve ser bem mais oneroso que quatro anos de um curso universitário.

Muitos já ouviram falar do caso do leite adulterado no Estado da Flórida (EUA). Devido ao uso de um hormônio bovino de crescimento (Prosilac), que era aplicado nas vacas e absorvido pela carne, causando implicações na saúde humana, desenvolvendo inclusive câncer em algumas pessoas. Esse mesmo leite que era consumido pelas crianças nas escolas, era produzido pela centenária empresa Monsanto, que tem em seu lema “Food, Health, Hope”, ou em bom português “Alimento, Saúde, Esperança” (Saúde?). Eles manipularam profissionais de diferentes áreas, deturparam resultados de testes, para que seu produto fosse considerado bom, seguro e continuasse sendo comercializado. E no Brasil, que é um dos maiores exportadores de carne de frango, será que utilizam hormônio para um crescimento mais rápido destes animais? 

O cara deve ser anão.

O cara deve ser anão.

Outros assuntos também são tratados como o uso indiscriminado da água, a privatização de todo e qualquer tipo de empresa, corporações de pesquisa que querem patentear a vida humana…

O Governo que anteriormente tinha o poder sobre as corporações, perdeu o controle sobre elas. Mesmo sendo boas ou não, confiáveis ou não, prejudiciais ou não.  Hoje os papéis se inverteram, as grandes empresas se tornaram globais, os CEO´s ganharam poderes sem igual, e assim o capitalismo impera. Onde isto vai parar? A responsabilidade está no mercado e seus acionistas? Podemos dissolver estas companhias?

O Governo é o representante do povo, já as corporações visam somente o lucro, não se preocupam com as pessoas. Se todo e qualquer recurso e serviço for parar nas mãos das corporações, como fica o povo? Se não gostamos de determinado produto, se não gostamos do que a empresa faz, não consumimos, simples assim. Esta é a maneira de ver o poder da população. Nós como população, ao invés de somente criticar o Governo devemos participar mais das decisões. Você já recebeu o convite de alguma corporação, já foi consultado quando esta quer tomar uma decisão? Eu não.

O brasileiro ainda é bastante acomodado quando o assunto é protestar. Vejo isto ocorrer quando aumenta a passagem de ônibus (assunto recente aqui em Curitiba), ou morte por atropelamento, morte disso, morte daquilo. Greve por aumento salarial. OK, muito bem, são questões de resultado imediato (curto prazo). Agora assuntos que a princípio não lhes dizem respeito, em que os resultados só serão vistos e sentidos por nossos netos daqui a uns anos (longo prazo), são noticiados pela mídia, um faz um documentário aqui, outro escreve um livro ali, e fica por isso mesmo. Falta um maior comprometimento e uma capacidade de reflexão e indignação do povo quanto ao poder das corporações.  

SO FAR SO GOOD!*

*As coisas vão indo, porém logo vão haver problemas…

 

 

Músicas ouvidas durante o postOasis – Live Forever; Rock N Roll Star; Rocking Chair; I´m Outta Time; Falling Down; Supersonic; Acquiesce; Who Feels Love?; Champagne Supernova; Little James; Slide Away; Wonderwall; My Big Mouth; I Hope, I Think, I Know; The Girl in The Dirty Shirt; Don´t Go Away; It’s Gettin’ Better (Man!!); Bring It On Down (en vivo en la argentina); Morning Glory (en vivo en la argentina); The Masterplan; Songbird; Mucky Fingers; Whatever; The Shock of the Lightning; Love Like a Bomb; Guess God Thinks I’m Abel; Keep The Dream Alive; Fuckin’ in the Bushes (Live); Go Let It Out (Live); Roll with It (Live); (Probably) All In The Mind; Some Might Say (Live); Cum On Feel The Noize (live); Talk Tonight; Round Are Way; Cast No Shadow; Thank You For The Good Times; The Fame; Heroes; Alive; Gas Panic!; Where Did It All Go Wrong?; Sunday Morning Call; Underneath The Sky; Listen Up.  (Destaque para todas).


Pirataria Contemporânea

Os piratas da atualidade não tem uma perna de pau, não usam espadas e também não buscam saquear navios com baus de ouro. Seu ramo de atuação está mais moderno. Os piratas contemporâneos agora trabalham na distribuição barata ou gratuíta de filmes, músicas e livros. Estes piratas “batem de frente” com os grandes da indústria do entretenimento, utilizando a informática e a internet como arma.

Só escolher...

Só escolher...

A pirataria fez com que a indústria da música fosse reinventada. Hoje, dificilmente bandas vão ganhar os discos de ouro que eram entregues nos programas de auditório, pois o disco físico não vende como antigamente. Aliás este “antigamente é questão de alguns poucos anos atrás”. Lembro que quando comprava um CD, mesmo que não gostasse de todas as faixas contidas nele, passava a aprender a gostar de tanto ouvir. Era um prazer enorme ter o contato com o encarte, com as fotos, as letras. Hoje a música está mais descartável. É como simpatizar com uma pessoa logo no primeiro contato. Ou você gosta, ou vai pra lixeira.

A questão dos direitos autorais é bastante delicada. Com o avanço da tecnologia, hoje todos possuem câmeras digitais, ipods, pen drives. Transmitir informação através da internet está cada dia mais fácil. Com a globalização, temos acesso rápido a novidades e nunca estamos satisfeitos, queremos sempre mais e mais. Então, muitas coisas que são fotografadas, gravadas e armazenadas podem ser consideradas violação de direitos autorais. E quem se utiliza destas ferramentas são principalmente os mais jovens que tem uma outra visão sobre o mundo, que tem vontade de mudar, de ver e fazer acontecer tudo de uma forma diferente.

A pirataria que inicialmente foi vista (e ainda o é) como prejudicial, até mesmo por aqueles que se utilizam dela (atire uma pedra quem nunca viu, ouviu, ou leu algo pirata), veio para mudar as regras do mundo capitalista. Com ela as empresas são forçadas a se reinventar. Novas formas de distribuição e consumo de informação devem ser propostas, fazendo com que o consumidor final (todos nós) esteja mais satisfeito. Mesmo não gastando na compra de CD´s, a pessoa não deixa de gostar de música. O lucro para seu ídolo vem de outra forma, através de compra de camisetas e shows.

Oasis - Maine Road

Oasis - Maine Road

Um exemplo antigo relacionado a pirataria que pode ilustrar bem o que acontece na atualidade, foi a invenção do fonógrafo em 1877 por Thomas Edison. Enquanto trabalhava neste projeto, reproduzia em seu invento “Mary Tinha um Carneirinho”.  Os músicos que ganhavam dinheiro tocando ao vivo esta música, acusaram-no de violação de direitos autorais e imaginaram que com o fonógrafo, os músicos ficariam sem trabalho, acabando até mesmo com a música em si. É o que ocorre hoje com os downloads. Assim, foi inventado o sistema de pagamento de royalties. Thomas Edison inventou também o cinetógrafo (máquina de filmar), o cinetoscópio (caixa com imagens vistas em seu interior) e o vitascópio (projetor de filmes em tela). Edison, exigiu o pagamento de uma licença para quem quisesse utilizar seus inventos. Assim, alguns piratas cineastas da época, mudaram-se para continuar produzindo seus filmes, sem ter que pagar a licença. Através disto, os primeiros estúdios de Hollywood foram criados, como a FOX films.

Convenhamos, nada tira o prazer de ter um livro impresso em mãos, poder ler deitado numa rede, ou estar sentado na areia, hora lendo, hora observando o mar. Nada tira o prazer de estar numa sala de cinema, para ver aquele filme de ação numa tela gigante. Ou aquela comédia com 300 pessoas rindo com você. Sem contar sentar na última poltrona com a namorada, no escurinho do cinema…

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A empresa contemporânea, para ser competitiva precisa aprender a se reinventar. Pesquisar o mercado, entender o seu consumidor, antecipar tendências. A pirataria contemporânea é um caminho sem volta.

 

Músicas ouvidas durante o post: Nei Lisboa – Translucidação; Côte D’Azur; Bela; Confissão; Clichê; Mundos Seus;  Tropeço; A Verdade Não Me Ilude; The Importance Of Being Idle (Oasis cover); Muito. (Destaque para todas).  


Plágio

De acordo com o dicionário Houaiss, plagiar significa apresentar como da própria autoria uma obra seja ela artística, científica, ou de qualquer natureza que pertence a outrem. Fazer imitação de trabalho alheio. O espertinho plagiador acaba se apoderando de idéias que já foram colocadas em prática por terceiros, gozando de todo o crédito pela obra.

Pensei em escrever este post, pois no momento estou lendo “O Manual do Guerreiro da Luz” do grande Paulo Coelho.

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Digo grande pois realmente sou fã de seus romances, é uma leitura gostosa, que prende a atenção até o final. Apesar de estar apenas nas primeiras páginas, pude notar que o conteúdo do livro tem muita semelhança com outro livro que ja li, chamado “O Príncipe” do historiador italiano e filósofo político Nicolau Maquiavel. Sendo taxado de revolucionário na época (1513), por possuir conteúdo polêmico, trata-se também de um “manual” como a obra de Paulo Coelho se intitula. Ambas trazem conselhos estratégicos para líderes e guerreiros. Maquiavel trouxe através de seus textos, um novo modo de pensar e refletir. Seus ensinamentos são amplamente utilizados por pessoas que querem falar bonito influentes, como políticos, governantes, líderes, empresários e em escolas e universidades pelo mundo. Paulo Coelho é um dos escritores mais lidos atualmente, tendo suas obras traduzidas em diversos idiomas.

 principe

Certamente Paulo Coelho se inspirou em Maquiavel para escrever seu livro. E isto não é uma atitude falha. Diariamente somos influenciados pela informação que nos cerca. Para um escritor é interessante que este saiba escrever com maestria, para isto a leitura de várias obras se torna imprescindível. Para um músico o processo é semelhante, é preciso uma fonte de inspiração. Esta muitas vezes vem de obras não tão conhecidas do público, para não “dar na cara” que é algo plagiado, copiado, inspirado ou o que quer que seja.

Indo para o campo da música, posso citar a banda de hardcore Garage Fuzz. Esta tem um som diferenciado das demais bandas do gênero. Em diversas entrevistas sitam como inspiração: Late Government Issue, Voivod, Husker Du, Samiam, The Saints, Celibate Rifles, China Drum, Captain Beyond, The Remains… Destas somente conheço o Samiam (bom pra caralho tem um excelente som).

Ficou famoso recentemente o caso envolvendo o Coldplay e o Guitarrista Joe Satriani. Justamente na única música que presta música de maior sucesso do último album Vila la Vida!(2008). Pesquisando mais um pouco encontrei outro caso, envolvendo desta vez o 311 com a introdução de “Long For The Flowers” do magnífico álbum Don´t Tread On Me (2006). Veja ouça e tire suas conclusões. 

Fica a pergunta no ar. Plágio, ou somente inspiração?

Certo é que, agora, em algum lugar do mundo, alguém está escrevendo, lendo uma frase, ouvindo uma música que pertenceu a outro. No início de todo o processo, este outro foi o começo da história.

 

Músicas ouvidas durante o post: Galaxie 500 – Blue Thunder; Tell Me; Snowstorm; When Will You Come Home; Decomposing Trees; Another Day; Leave The Planet; Plastic Bird; Isn’t It A Pity; Victory Garden; Ceremony; Cold Night; Submission; Final Day; When Will You Come Home; Moonshot (destaque); Flowers; Blue Thunder; Decomposing Trees; Don’t Let Our Youth Go To Waste; Flowers; Pictures; Parking Lot; Don’t Let Our Youth Go To Waste; Temperature’s Rising; Oblivious (destaque); It’s Getting Late; Instrumental; Tugboat; King Of Spain; Cheese & Onions(destaque).